A água é o principal constituinte
das células vegetais. Ela é responsável por muitas reacções que nela ocorrem
uma vez que se comporta como meio de reacção e como um excelente solvente,
proporcionando assim o ambiente necessário para a movimentação das várias
moléculas no interior das células. Para além disto, a água tem um papel importantíssimo em vários
processos fisiológicos e estruturais como o crescimento e no alargamento
celular, nas trocas gasosas nas folhas, em vários processos de transporte e até
na estabilidade mecânica de tecidos não lenhificados (turgência das células
vegetais).
Como tal, é necessário
que os organismos vegetais (que ao contrário dos animais, não tem um sistema
cardiovascular) façam chegar água a todas as partes do seu organismo com o
consumo mínimo de energia. O que à primeira vista parece ser um complexo
problema de termodinâmica revelasse uma manobra inteligentíssima que explora as
características físico-químicas da água.
A água, é constituída
por um átomo de Oxigénio e dois de Hidrogénio, por ligações covalentes formando
uma molécula com a forma de um tetraedro (ângulo de 104,5˚ devido aos electrões
não-ligantes do oxigénio). O átomo de Oxigénio é muito mais electronegativo do
que os dois átomos de hidrogénio o que dá uma das características mais
importantes desta molécula: assimetria
eléctrica, ou seja, dipolo eléctrico. Esta característica é responsável por:
- Atracções electrostáticas entre diferentes moléculas de água;
- Formação de pontes de hidrogénio;
- Bom solvente de grupos iónicos e de solventes polares: redução das repulsões electrostáticas das cargas das mesmas, aumentando assim a sua solubilidade (neutralização das cargas iónicas e das moléculas polares);
- Propriedades térmicas essências à vida;
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